segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ARC Wildlife Crossing Finalists


The ARC International Wildlife Crossing Infrastructure Design Competition, which was mentioned on this blog back in Februaryhere, has finally posted the submissions of the five finalists. The winner won’t be announced until the end of January at the Transportation Research Board Annual Meeting, but the designs can be viewed on the website now. The five finalists includeBalmori Associates from New York, The Olin Studio from Philadelphia, Janet Rosenberg & Associates from Toronto, Michael Van Valkenburgh & Associates with HNTB Engineering from New York and Zwarts & Jantsma Architects from Amsterdam.
Be sure to visit the ARC page with PDF’s of all of the entries, it is certainly worth taking a look at, there are some interesting ideas.
Hypar-Nature Plan
Hypar-Nature (PDF) is the entry by Michael Van Valkenburgh & Associates and HNTB Engineering. “Instead of attempting to recreate the surrounding nature, the design condenses and amplifiesmultiple landscape bands (Forest, Meadow, Shrub, Scree) into habitat corridors that provide connections for a larger cross-section of species.” The system is modular and cost effective. The plan includes a series of habitats both on the overpass and at the base including a forest, shrub edge, meadow and scree all repeated in bands across the width of the bridge as well as a wet meadow at the end as a wildlife attractor.
Landshape
Landshape (PDF) is the entry by Zwarts & Jantsma Architects. The bridge design is a  curves them, the bridge having three defined curves, the first of the actual bridge, the second of the ground level that advances over the bridge and the third being the continuation of the natural vegetation over the bridge. The design is interesting and includes many habitat elements including a stone wall, woody debris, snags and integrates water, small hills and ha-ha’s with fencing. The planting design also contains multiple planting areas.
Janet Rosenberg & Associates
Janet Rosenberg & Associates (PDF) entry focuses more on the human interaction than most of the rest do which is apparent by the bright red sides. “We set our sights, minds and challenges on a threshold of an evolutionary step in the design of an animal road crossing, not simply a bridge, but a new species in form and function.” The design has multiple ramps leading up to the main bridge because they believe it provides greater funneling. I’m not sure about the ramps though because from the images the walls are rather tall with little cover and the ramps are narrow which may not be suitable for wildlife. The bright red structure certainly creates awareness of the project from the drivers perspective though. Unlike most of the rest, the planting plan isn’t categorized into habitats and the only trees are in the center of the bridge and in between the ramps.
Wild (X)ing
Wild (X)ing (PDF) is the entry by The Olin Studio. The design is similar to existing green roof modules only larger in scale. The modules are each a different habitat and are adaptable to change and are also constructed in layers similar to green roof modules. The modules range in habitat type from fir and spruce forest, xeric shrubland, mesic shrubland, wet meadow and others and are arranged in zones running along the crossing. The bridge is a concave shape with the lowest point in the center of the crossing. Also planned is an overlook near the crossing for public education about the project which is an excellent idea because it increases awareness as well as providing a vantage point to see the crossing structure which would not otherwise be visible.
MCS Modular Crossing System
MCS Modular Crossing System (PDF) is the entry by Balmori Associates and is one of the most simplistic designs. It includes a number of perimeter trees, but the majority of the planting is a series of waving patterns of grasses. The underside of the structure is an interesting wood panel/beam design and is quite intriguing.
© 2010, The Metropolitan Field Guide. All rights reserved.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ecologia de Estradas na Espanha


Fragmentación

Señal vertical de tráfico de peligro: transito de linces
Uno de los factores que originan fragmentación de hábitats, las infraestructuras de transporte, y sus efectos, se han atendido detenidamente mediante la participación en el proyecto europeo Acción COST 341 que se clausuró oficialmente en el CongresoHabitat Fragmentation due to Transportation Infrastructures, celebrado en Bruselas en noviembre de 2003. Los productos de la Acción, que incluyen una revisión de la situación en Europa, el manualWildlife and TrafficEuropean Handbook for Identifying Conflicts and Designing Solutions, y una base de datos sobre artículos y publicaciones en la materia, puede consultarse y solicitarse a través de la web de la organización Infra Eco Network Europe (IENE) (www.iene.info).


Durante la realización del proyecto se constituyó un grupo de trabajo técnico integrado en la Comisión Nacional de Protección de la Naturaleza del Ministerio de Medio Ambiente, en el que participan las Consejerías de Medio Ambiente y de Obras Públicas o Transportes de las Comunidades y Ciudades Autónomas, así como los departamentos correspondientes de la Administración General del Estado. Este grupo, coordinado por la actual Dirección General de Medio Natural y Política Forestal. (Ministerio de Medio Ambiente, y Medio Rural y Marino), se reúne periódicamente para intercambiar información e impulsar actuaciones que contribuyan a reducir la fragmentación de hábitats causada por vías de transporte.
En el marco del proyecto europeo, y del Grupo de Trabajo que ha dado continuidad al proyecto, se han publicado los siguientes documentos:
Estas publicaciones pueden obtenerse en el Servicio de Publicaciones del Organismo Autónomo de Parques Nacionales del Ministerio de Medio Ambiente (Tel. 91 596 4943, 91 596 4973, 91 596 4842; Fax 91 596 4897), o bien, a través de otras distribuidoras de sus productos (http://www.educacionambiental.net; Linneo, e-mail linneo@eai.es).
Trabajo en prensa:
  • Indicadores de fragmentación de hábitats causado por infraestructuras lineales de transporte.
Trabajo en preparación:
  • Prescripciones Técnicas para la desfragmentación del paisaje causada por infraestructuras de transporte.
Trabajos previstos:
  • Análisis de puntos a desfragmentar en el Estado Español.
  • Prevención y corrección de los efectos de borde y los efectos sinérgicos entre infraestructuras de transporte (implantación y dispersión de especies exóticas, contaminación acústica y luminosa, etc.)
Para más información, se pueden consultar los boletines electrónicos que incluyen información sobre la temática, noticias sobre nuevos proyectos, publicaciones y anuncios de jornadas, entre otros. Se encuentran disponibles los boletines siguientes:




domingo, 7 de novembro de 2010

Trem: a solução ecologicamente correta para o Brasil

O investimento na expansão da malha ferroviária e em trens modernos de carga e de passageiros deveria ser prioridade para um país continental como o Brasil. É o meio de transporte mais econômico, carregando muito mais passageiros e carga do que o transporte rodoviário e aéreo. Emite menos gases de efeito estufa, atropela menos fauna silvestre e polui menos do que o transporte rodoviário. Na Europa, os trens são um sucesso porque no Brasil não?

Vejam a reportagem do Cidades e Soluções sobre isso aqui.

Nesta reportagem a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) parece estar interessada em investir em ferrovias. Espero que sim!

sábado, 23 de outubro de 2010

BR-262 vai se tornar rodovia ecológica dentro do Pantanal

MIDIAMAX 22/10/2010 10:08

Diario Online/PX
A Superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul acaba de licenciar as obras de ampliação da BR-262 no trecho dentro do Pantanal, que vai de Anastácio até Corumbá. As obras estão em andamento e com as condicionantes estabelecidas pelo núcleo de licenciamento do Ibama de MS este vai ser o trecho mais ecologicamente correto de uma rodovia asfaltada dentro do estado de Mato Grosso do Sul, e o primeiro no país com esse tipo de exigência feita pelo Ibama.

Vão ser feitas 100 passagens subterrâneas para os animais ao longo da pista, localizadas em trechos críticos de passagens de animais pela pista (já estudados pelo biólogo Wagner Fisher da UFMS e levantados por um estudo de impacto ambiental que o Ibama exigiu do DNIT e foi realizado pela Embrapa Pantanal e pelo próprio biólogo. Calcula-se que mais de 8 mil animais são atropelados nas rodovias de MS a cada ano.

Além das passagens subterrâneas sinalizadas e com alambrados para direcionamento dos animais para elas, a rodovia terá recomposição total da vegetação ciliar com espécies nativas ao longo de todo o trecho em questão.

A rodovia terá sinalização especial com redutores de velocidade, monitoramento especial da PRF e sinalização especial em placas de que se trata de uma rodovia ecológica que atravessa um trecho especial de área de preservação permanente e um bioma específico que é o Pantanal e que precisa ser preservado e se ter um cuidado especial com sua fauna e flora.
Um trecho de 26 km na região do Buraco das Piranhas vai ter cercas especiais com inclinação de 30 graus para que os animais não atravessem a pista. Este trecho vai ter cerca especial porque é normalmente alagado e cheio de animais por causa da presença da água e, portanto, não dá para ter passagem subterrânea. Ali vão ser instalados sinais sonoros e armadilhas fotográficas que vão servir para o monitoramento dos atropelamentos na pista e para pesquisas no local.

Para David Lourenço, superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, toda a rodovia vai ser liberada para se tornar um laboratório de pesquisas para educadores ambientais e biólogo, já que se trata de uma rodovia que corta o bioma Pantanal num trecho “quase totalmente preservado e que exige cuidados especiais, por isso as nossas condicionantes serem dessa ordem”, diz ele.

O Ibama também cobrou que o DNIT exija das construtoras recursos para programas de educação ambiental a serem implementados em toda essa região, dirigidos para as comunidades locais. Todas as passagens para os animais vão poder ser também utilizadas pelos produtores rurais que estão locallizados nessas regiões para manejo de seus rebanhos.

A licença foi assinada pelo presidente do Ibama, Abelardo Bayama, com base nos estudos exigidos pelo núcleo de licenciamento ambiental do Ibama MS.

domingo, 17 de outubro de 2010

Cerca de arames protegerão animais na BR 262 no Mato Grosso do Sul

ANDA

17 de outubro de 2010


A fauna pantaneira é bastante celebrada por autoridades, tem imagens usadas em propagandas de Mato Grosso do Sul, é retratada por artistas, mas basta uma viagem de carro até o coração do Pantanal para verificarmos que a realidade é bastante diferente do romantismo das telas ou do que é exibido nos comerciais.
Muitos animais, que figuram inclusive em lista de extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), são atropelados e mortos pela imprudência dos motoristas que trafegam em alta velocidade pelas estradas da região.
Também há falta de iniciativa do poder público e sociedade civil em buscar alternativas para solucionar o problema.
No entanto, um projeto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado, anunciado recentemente pelo Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, não vai inaugurar um capítulo especial de proteção à fauna, mas está sinalizando o começo da conscientização sobre o problema no Estado.
Nele está prevista a instalação até 2011 de cercas de arame sob pontes localizadas na BR-262, trecho Miranda/Corumbá (MS) para orientar a passagem de animais. O projeto está vinculado à reforma da BR, que ainda recebe acostamento e recapeamento do asfalto, no valor de R$ 230 milhões.
Segundo o superintendente do Dnit, Marcelo Miranda, as cercas serão colocadas em pontes que estão na BR-262 do local que é conhecido como Buraco das Piranhas (a 70 quilômetros de Miranda) até a ponte sobre o Rio Paraguai, a 100 quilômetros de Corumbá.
As pontes que terão cercas embaixo já servem para o tráfego dos veículos na estrada, uma vez que a região é alagada em época de cheia. “De 100 em 100 metros temos uma ponte neste trecho”, descreve o superintendente.
Quando o Pantanal estiver em período de cheia, no entanto, as cercas não devem ajudar os animais na travessia de um lado para o outro. “Na cheia, inclusive, os animais buscam refúgio nas BRs porque a estrada costuma estar num nível maior ao do Pantanal”, aponta a doutora em Ecologia e Conservação, Janaína Casella, que realizou estudo sobre o atropelamento de animais na BR-262 e vê com bons olhos a iniciativa das cercas instaladas sob as pontes. “Há muito que se fazer para evitar os acidentes envolvendo animais, mas estas cercas podem resolver parte do problema. Depois de instaladas tem de haver um monitoramento de dados sobre a utilização delas, pelos animais”, continua a pesquisadora. O superintendente do DNIT disse que ainda não está desenhado um projeto de monitoramento.
Estatísticas
Não há estatísticas oficiais sobre a quantidade de animais atropelados nas estradas que cortam o Pantanal – pelo menos em Mato Grosso do Sul. A Polícia Militar Ambiental não realiza a contagem, a Polícia Rodoviária Federal/MS (PRF) apresenta apenas as estatísticas gerais de acidentes registrados, envolvendo animais.
Mas pesquisadores que já tiveram o tema como objeto de estudo fazem estimativas preocupantes. A pesquisadora Janaína Casella apontou num estudo defendido como tese de doutorado no começo do ano, que em algumas viagens partindo de Campo Grande com destinos à Aquidauana e Miranda, dezenas de animais foram encontrados mortos na BR-262 nos trechos citados. “Foram 231 animais. Os mais vistos foram lobinhos (71); tatu-peba (52); tamanduá-bandeira (36); tatu-galinha (20) e tamanduá-mirim (19)”, contabiliza.
Mas o número levantado em algumas viagens está ainda aquém da realidade, pois só foram contadas pela pesquisadora as carcaças dos animais que estavam na BR. Há muitos casos em que os animais são atingidos, conseguem caminhar alguns metros e morrem no mato.
Outro pesquisador, o biólogo Wagner Fischer, chegou a uma estimativa em 2002, de 2.600 mortes/ano na BR-262, trecho Campo Grande/Corumbá. “Mas este dado é muito conservador. No mínimo, a taxa de atropelamento é o dobro disso, mas acredito que seja muito maior”, relatou Fischer, que na época do estudo era professor/pesquisador da UFMS.
Os dados no entanto ainda são insuficientes e não há condições de fechar um índice de atropelamento de animais. Na Espanha, por exemplo, a estatística de atropelamentos é de 10 milhões de animais por ano; na Holanda, são 6 milhões, e nos Estados Unidos, o número chega a 1 bilhão de animais mortos nas estradas daquele país, por ano.
Nos países de primeiro mundo, os dados são extraídos de maneira mais eficaz com constante monitoramento das estradas. “No Brasil, onde temos uma biodiversidade maior do que nos EUA, por exemplo, acredito que o número de atropelamento de animais seja realmente assustador, maior do que nos Estados Unidos. É uma tragédia silenciosa que ocorre nas estradas brasileiras”, constatou o pesquisador.
Na estrada
Os acidentes nas estradas que envolvem animais também ameaçam a vida humana. Segundo estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado, em 2009, foram registrados 185 acidentes ocasionados pelo choque com animais que resultaram em uma morte; 13 vítimas graves e 39 com lesões leves. Em 2010, a PRF divulgou estatísticas até o mês de abril: foram 38 acidentes ocasionados em razão de atropelamento de animais; com duas vítimas graves e sete leves.
A alta velocidade dos carros é apontada por autoridades e pesquisadores como maior fator de atropelamento dos animais e consequentemente dos acidentes envolvendo veículos. Segundo o DNIT, a velocidade máxima na BR-262, que atualmente é de 80 quilômetros por hora, não será alterada em razão do alto índice de tráfego de animais. Já a PRF monitora a velocidade dos carros com radares e admite que poucos cumprem a velocidade recomendada.
Lombadas, trechos sinalizados de forma mais dinâmica e mais fiscalização, além é claro de educação e conscientização dos motoristas, pode ser a equação para ajudar a diminuir o atropelamento dos animais e a salvar vidas segundo a pesquisadora Janaína. “É um conjunto de ações que vai diminuir o índice de atropelamento dos animais”.

sábado, 16 de outubro de 2010

Relato sobre os congressos do IUFRO (Bragança, Portugal) e do IENE (Velence, Hungria)

       A Conferência Internacional de Ecologia da Paisagem do IUFRO (IUFRO Landscape Ecology Working Group International Conference), realizada no Instituto Politécnico de Bragança, em Bragança, Portugal, no período de 21 a 24 de setembro de 2010, é uma reunião da área de Ecologia da Paisagem mais específica para questões de ambientes florestais. Por sua especificidade, é um evento de pequeno porte contando com cerca de 300 participantes, incluindo alguns dos profissionais mais relevantes da área (p.ex. Monica Turner, Marie-Josee Fortin, Santiago Saura, Tom Evans, Sandra Luque, entre outros). O Simpósio de Ecologia de Estradas (“Road Ecology: improving connectivity”) que organizei junto com Fernando Ascensão (Universidade de Lisboa) foi ótimo e teve um bom público. Para mim, foi uma excelente oportunidade de conhecer pessoalmente alguns pesquisadores especialistas no tema, seus trabalhos mais recentes e divulgar meu trabalho. Eu apresentei oralmente, no dia 22/09, os resultados do projeto em colaboração com o Prof. Jean Paul Metzger (USP), fruto da iniciação científica de Cláudia Orsini Machado de Sousa, onde avaliamos a área de vegetação nativa e das unidades de conservação do Estado de São Paulo afetadas pelas estradas, além da relação entre a distância das estradas e a cobertura de vegetação nativa do Estado (veja o resumo em anexo). Os espanhóis – Juan Malo e Cristina Mata (Universidad Autonoma de Madrid) – vem avaliando, há anos, a eficiência de medidas para reduzir a mortalidade de animais por colisões com veículos em rodovias e para aumentar a conectividade de populações animais isoladas pelas rodovias. A portuguesa – Clara Grilo – possui anos de experiência no monitoramento de animais atropelados e implementação de medidas mitigadoras nas rodovias portuguesas e espanholas. Pretendo, em um futuro próximo, reuni-los em uma reunião ibero-americana de Ecologia de Estradas. O primeiro passo foi comentar sobre o sucesso do 1º Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas (Road Ecology Brazil 2010) realizado em agosto em Lavras (MG), do qual fiz parte da comissão organizadora. Além disso, conversamos sobre a possibilidade de projetos em colaboração Brasil-Espanha e Brasil-Portugal para desenvolver esta linha de pesquisa no Brasil e aplicar as medidas mitigadoras mais eficientes na Europa em rodovias brasileiras e avaliar sua eficiência em um contexto de alta biodiversidade. Vejam as fotos aqui.
            A Conferência Internacional sobre Ecologia e Transportes da IENE (Infra Eco Network Europe), realizada no Hotel Juventus, em Velence, Hungria, no período de 27 de setembro a 1 de outubro de 2010, é a reunião mais relevante da área de Ecologia de Estradas da Europa. É um evento de pequeno porte contando com cerca de 200 participantes, envolvendo pesquisadores e tomadores de decisão na área de transportes. Alguns dos pesquisadores de renome nesta área, presentes no evento, foram: Lenore Fahrig, Andreas Seiler, Jochen Jaeger, Antonio Mira e Edgar Van der Grift. Eu apresentei oralmente, no dia 28/09, o mesmo trabalho que havia apresentado no IUFRO (veja o resumo estendido em anexo). Neste congresso, mais específico de Ecologia de Estradas e menor do que o IUFRO, tive a oportunidade de conversar com muitos pesquisadores. Vale ressaltar que eu e Alex Bager (UFLA) – com quem tenho um projeto em colaboração – fomos os únicos brasileiros, e pelo que sei os únicos latino-americanos, no evento. Reencontrei a Clara Grilo e o Edgar van der Grift com quem pretendo desenvolver projetos em colaboração em breve. A palestra da Lenore Fahrig foi excelente e destacou como é importante determinar o tipo de impacto causado pelas estradas sobre as comunidades (e populações) animais para selecionar a melhor medida mitigadora (ex. passagens ou cercas). Se o maior impacto é a mortalidade (significativa para a viabilidade da população) por atropelamento, a melhor medida é colocar cercas ao longo da rodovia, evitando assim que os animais atravessem a rodovia. Por outro lado, se o maior problema é o isolamento de populações porque os animais evitam atravessar a rodovia; a melhor solução seria implantar passagens para fauna e outras medidas para aumentar a conectividade. Em geral, segundo ela, o maior problema é a mortalidade por atropelamento. Mas para definir qual o maior impacto das estradas, experimentos distintos devem ser delineados. Assisti ao Workshop do Jochen Jaeger sobre as ferramentas para quantificar fragmentação da paisagem (“mesh size”) e seu potencial para uso por gestores e tomadores de decisão. Também foi bastante inspirador. Além disso, tivemos a chance de visitar diferentes medidas mitigadoras implantadas nas rodovias húngaras: passagens para fauna sobre a rodovia, túneis atravessando sob a rodovia, refletores para afugentar os animais e passagens sobre túneis. Com certeza, esta conferência foi inspiradora, enriquecedora e espero, pode gerar projetos em colaboração no futuro. Vejam as fotos aqui.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Carro capota ao desviar de tamanduá e 4 morrem

Acidente aconteceu entre as cidades de Barra das Garças e Nova Xavantina na Rodovia BR-158; ainda houve ferido 

14/10/2010 - 13h37 . Atualizada em 14/10/2010 - 13h41 

Agência Estado 




Quatro pessoas morreram e uma ficou ferida em um acidente provocado por um animal na Rodovia BR-158, entre Barra do Garças e Nova Xavantina, em Mato Grosso, na noite de quarta-feira (13/10).
Vandomir Cordeiro dos Santos, de 33 anos, conduzia um carro quando tentou desviar de um tamanduá que estava na pista. Ele perdeu o controle do veículo e acabou capotando. Santos não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo.

Além dele, estavam no veículo Elivane Nina da Silva Terra, de 13 anos, Enoque Inácio da Silva Terra, de 13 anos, Mariane Nina da Silva Terra, de 17 anos, e Antônio Inácio Terra Júnior, de 50 anos. Com exceção de Antônio, que ficou gravemente ferido, todos os outros passageiros morreram no local do acidente. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), em Barra do Garças.

http://cosmo.uol.com.br/noticia/65182/2010-10-14/carro-capota-ao-desviar-brde-tamandua-e-4-morrem.html

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Highway 93 - Montana/EUA

Um salve especial as pessoas que seguem o blog e todos os estudantes e profissionais que trabalham ou acompanham o desenvolvimento do mais novo ramo da ecologia no Brasi: Ecologia de Estradas!
Atualmente faço mestrado na USP de São Paulo e minha proposta de trabalho é fazer o monitoramento de passagem de fauna que se dará na SP-225 (Brotas-SP). Nesse ano de 2010 tive uma excelente oportunidade de fazer um estagio com monitoramento de passagens de fauna com o pesquisador Marcel Huijser em Montana- EUA, Marcel é vinculado a Western Transportation Institute na Universidade de Montana. O estagio aconteceu majoritariamente em campo, na Highway 93, a qual, é uma rodovia cheia de atrativos naturais, onde podemos notar inúmeras montanhas com picos de gelo, lagos de coloração azulada e muitas espécies de aves e mamíferos podem ser facilmente avistadas.

Há alguns anos foram instaladas diversas medidas de mitigação para atropelamento de animais selvagens, como instalação de fences, underpasses, culverts, overpass e jumpouts. Para esse projeto ser realizado foi necessário que o governo federal, o governo do estado e comunidades tradicionais (indígenas da etnia Salish-kootenai) que se juntassem e trabalhassem juntos para atingir um objetivo em comum: garantir a passagem segura de animais silvestres que em seus deslocamentos diários cortam as pistas da rodovia e então, garantir a estabilidade de suas populações animais a longo prazo. O maior problema vinculado as estradas no estado de Montana é o atropelamento dos veados, espécies como White tail deer (Odocoileus virginianus) e o Mule deer (Odocoileus hemionus), por exemplo, éfreqüentemente morto por atropelamento por conta de suas abundantes populações. Os acidentes com esses animais se tornou uma problemática muito grande no estado por gerar acidentes muito graves e causar incontáveis prejuízos as vidas humanas.

*Na foto abaixo a tentativa de um white tail deer atravessar a pista.



Marcel é responsável pelo monitoramento das passagens de fauna instaladas, pelo funcionamento das cercas e principalmente pela estrutura teste recém instalada – o jump out.

O jump out funciona como um último recurso à aqueles animais, principalmente veados e pumas, que pulam as cercas e conseguem entrar nas pistas. O jump out sempre fica próximo as passagens inferiores de fauna e é descrito como “one way measure”, uma medida de mão única, onde os animais podem pular de dentro da pista pra fora e assim serem conduzidos as passagens de modo seguro, mas nunca eles podem pular de fora da pista para dentro, impossibilitados pela altura.

Todas as estruturas citadas são monitoradas com armadilhas fotográficas e caixas de areia para mensurar a freqüência de utilização dos animais nessas estruturas. Há inúmeras coisas a serem ditas sobre Montana e os esforços que foram feitos para a Highway 93 ser hoje considerada uma rodovia exemplo para o resto do mundo realmente merece a nossa atenção e certamente podemos aprender muitas coisas com esses gringos!

Acho que vou precisar de outras oportunidades para escrever nesse blog!

Gostaria de dizer que me sinto muito incentivada pelas coisas que vi em Montana, talvez achemos que no Brasil as coisas andem um tanto devagar e talvez algumas coisas sejam impossíveis de serem executadas - digo isso não só no âmbito das estradas, mas acredito que temos inúmeros exemplos pelo mundo afora de como devemos direcionar os nossos trabalhos para atingir resultados satisfatórios!

Sendo o Brasil um país megabiodiverso devemos executar trabalhos e projeto de conservação à altura! Vamos nivelar os nossos trabalhos por cima e não por baixo! Vamos divulgar a temática das estradas e sensibilizar as pessoas ao nosso redor de como esse assunto é importante para conservar, para proteger e para assegurar a biodiversidade desse pais para as futuras gerações!

Um grande abraço a todos e até a próxima!

“Vamo que vamo”!

Fer Abra

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Terra do Meio: As estradas

Bom Dia Brasil (6/12/2007) - A Amazônia está sendo derrubada com o uso indiscriminado de um agrotóxico, que deixa pessoas doentes e árvores mortas. Madeira, minério, gado – tudo transita ilegalmente por estradas clandestinas.


Veja o video aqui.






segunda-feira, 19 de julho de 2010

Trilho ecológico nas ferrovias do país

Monitor Mercantil - 13/07/2010

Fabricados pela empresa paulista Wisewood Soluções Ecológicas o dormente ecológico é feito com lixo reciclável transformado em "madeira" plástica. Por meio de um processo de alto padrão de qualidade e tecnologia, a empresa iniciou a produção de dormentes que são utilizados para assentar os trilhos das estradas de ferro. As peças servem para emprego nas malhas ferroviárias, metroviárias ou VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos). 

A madeira plástica é um produto composto de matéria-prima totalmente proveniente do lixo plástico reciclado, além de não conter nenhuma substância tóxica, das encontradas na madeira tratada, é ecologicamente correta por duas vezes: evita o desmatamento e pode ser novamente reciclada. É o que acontece com esses dormentes. Depois de retirados do local onde foram aplicados, podem ser desmanchados e servirem de base para novos produtos, formando um ciclo que contribui ostensivamente com a preservação do meio ambiente. 

As vantagens do uso destes produtos estão na alta durabilidade (vida útil mínima de 50 anos), imunidade às pragas, não solta farpas, não absorve umidade, é fácil de limpar, resistentes a corrosão, baixo custo de manutenção, poder ser trabalhada com as mesmas ferramentas usadas na madeira natural, poder ser furado, serrado e aparafusado, aceitar pregos e parafusos, bem como fixação utilizando processos de colagem. 

terça-feira, 25 de maio de 2010

Morcegos e Atropelamentos

O Projeto Pró-Morcegos, em conjunto com diversos pesquisadores brasileiros, está desenvolvendo um novo projeto de pesquisa com o título preliminar "Avaliação dos impactos das estradas na comunidade de morcegos no Brasil: efeitos sobre espécies, populações e comunidades". O projeto consiste em avaliar os impactos do tráfego das estradas sobre os morcegos de áreas florestais e urbanas.


O Pró Morcegos convida pesquisadores de todo o Brasil a contribuir com dados e/ou desenvolvimento das análises. O pesquisador que tiver dados de atropelamento de morcegos pode entrar em contato com o Projeto através do e-mails pesquisa@promorcegos.org ou promorcegos@yahoo.com.br. Todos que contribuírem receberão os créditos dos dados cedidos e serão convidados a participar do projeto.


Contribuam. Ciência só se faz com parcerias e cooperação mútua!
Dados engavetados não produzem conhecimento. Ciência é coisa séria!