terça-feira, 25 de maio de 2010

Morcegos e Atropelamentos

O Projeto Pró-Morcegos, em conjunto com diversos pesquisadores brasileiros, está desenvolvendo um novo projeto de pesquisa com o título preliminar "Avaliação dos impactos das estradas na comunidade de morcegos no Brasil: efeitos sobre espécies, populações e comunidades". O projeto consiste em avaliar os impactos do tráfego das estradas sobre os morcegos de áreas florestais e urbanas.


O Pró Morcegos convida pesquisadores de todo o Brasil a contribuir com dados e/ou desenvolvimento das análises. O pesquisador que tiver dados de atropelamento de morcegos pode entrar em contato com o Projeto através do e-mails pesquisa@promorcegos.org ou promorcegos@yahoo.com.br. Todos que contribuírem receberão os créditos dos dados cedidos e serão convidados a participar do projeto.


Contribuam. Ciência só se faz com parcerias e cooperação mútua!
Dados engavetados não produzem conhecimento. Ciência é coisa séria!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Em um ano, mais de 180 animais são atropelados em estradas de MS


G1 - 15/05/2010


Tamanduás são maiores vítimas de atropelamento no estado.
Acidentes ocorrem por imprudência e falta de estrutura nas rodovias.


Tamanduá MS atropelamentoTamanduás são maiores vítimas de atropelamento
em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/PRF-MS)
Em Mato Grosso do Sul, o número de animais silvestres atropelados em rodovias federais e até mesmo parques ecológicos preocupa ambientalistas. Em 2009, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, foram registrados 185 acidentes causados pelo atropelamento de animais.
“O local em que mais ocorrem atropelamentos de animais é a BR-262, que corta o Pantanal. Isso porque a rodovia não foi planejada para a migração dos animais. Quando o Pantanal enche, os animais procuram a parte mais alta, que é justamente o aterro da rodovia”, diz ao G1 o biólogo Ednilson Paulino Queiróz, chefe de comunicação da Polícia Militar Ambiental do estado.
Além da falta de estrutura das rodovias, que são cercadas pela fauna, outro problema, segundo a Polícia Ambiental, é a imprudência dos motoristas. “Muitas vezes o motorista percebe a presença do animal e não reduz a velocidade”, afirma Queiróz.
Os animais mais comumente atropelados são, segundo a Polícia Militar Ambiental, o tamanduá-bandeira e o cachorro-do-mato. “Tamanduás costumam ser atropelados porque são animais que migram muito na busca por alimentos e são muito lentos”, diz o biólogo.
 Centro de Recuperação
Animais silvestres não são vítimas de atropelamento apenas nas estradas. Em parques ecológicos, como é o caso do Parque dos Poderes, em Campo Grande, a imprudência de motoristas também preocupa.
"Só neste ano já atendemos de 20 a 25 animais vítimas de atropelamento. Isso, sem contar os animais que morrem e não chegam ao Centro de Recuperação. Além das estradas, no Parque dos Poderes temos muitos atropelamentos de quatis, cotias e capivaras. Isso por excesso de velocidade dos motoristas", diz ao G1 a zootecnista Ana Paulo Felício, do Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.

A zootecnista destaca que entre as espécies mais afetadas no estado estão, além do tamanduá, a anta e o tatu, que também são animais de lenta locomoção.

Em caso de atropelamento de animal, o motorista deve entrar em contato com a Polícia Rodoviária Federal ou com a Polícia Militar Ambiental, que prestarão socorro. Os animais são encaminhados para o Cras e, se recuperados, são devolvidos para a natureza.