segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Reserva faz campanha para evitar atropelamento de animais silvestres


BRASÍLIA (Agência Brasil) - Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), lotados na Reserva Biológica (Rebio) de Sooretama, no Espírito Santo, querem acabar com os atropelamentos e mortes de animais silvestres no trecho da BR 101 Norte, que corta o local.
Segundo os servidores, são 5 quilômetros (km) de estrada asfaltada bem no meio da Rebio, com grande movimento de carros e caminhões. A média é de dois a três animais mortos por dia. Na tentativa de solucionar o problema, eles estão buscando apoio do Ministério Público.
No ano passado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já limitou a velocidade no trecho em 60 quilômetros por hora (km/hora) e instalou placas e faixas contínuas nos 5 km da BR. Outra medida foi adotada este mês, com a instalação de tachões no mesmo percurso.
Ao longo dos anos foram desenvolvidas várias ações para reduzir o impacto do trânsito de veículos sobre a unidade, como campanhas educativas e fiscalização. No entanto, dizem os servidores da reserva, as medidas têm se mostrado ineficazes.
A equipe gestora da unidade está propondo novas medidas, como a implantação de sonorizadores, redutores de velocidade (lombadas eletrônicas) e a readequação de passagens subterrâneas existentes para circulação da fauna.
Os servidores também querem a implantação de portais nas entradas da unidade de conservação, placas informativas, intensificação das campanhas, implantação de um programa continuado de monitoramento da fauna atropelada e estruturação de um centro de atividade videoeducativo.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Elefantes começam a utilizar primeira passarela da África dedicada ao mamífero

Estadão, 28/01/2011.


Inaugurado há um mês, túnel reconecta dois habitats de elefantes separados por uma rodovia




Já entardecia nas encostas arborizadas do Monte Quênia, e o tráfego havia diminuído na principal rodovia da região. Foi quando três elefantes cruzaram a estrada pelo primeiro túnel dedicado à espécie na África. A ideia, aparentemente simples, apresenta uma solução para o crescente conflito entre homens e animais nos biomas africanos.
Jason Strazius/AP
Jason Strazius/AP
O túnel, construído sob a rodovia, é a primeira passarela para elefantes da África
O túnel, que custou US$ 250,000, provenientes de doações, reconecta duas áreas ocupadas por populações de elefantes que haviam sido separadas por anos pela rodovia, no Quênia. Os animais atravessaram a passagem sem colocar motoristas, palntações ou residentes da vila próxima em perigo.
“Foi a primeira vez que conseguimos registrar elefantes utilizando a passagem. Não esperávamos que fosse acontecer tão rápido”, disse Susie Weeks, oficial exectuiva da Mount Kenya Trust, uma das ONGs parceiras do projeto. Com 4,5 metros, o túnel foi aberto no final de Dezembro de 2010.
A vida selvagem africana têm sofrido os impactos do desenvolvimento humano. Vilas e plantações se instalam em áreas que, por séculos, foram habitats naturais de animais selvagens. A nova passagem de elefantes liga habitats das áreas elevadas do Monte Quênia, com 2 mil animais, e das florestas baixas e planícies e planícies, com 5 mil.
Iain Douglas-Hamilton, fundador da ONG Save the Elephants, disse que também foi aberto um “corredor” de cercas com 14 quilômetros, que se estende para os dois lados do túnel, para ajudar os elefantes a se locomoverem para cima e para baixo em busca de comida e amigos. O corredor e o túnel, juntos, custaram US$ 1 milhão.