terça-feira, 10 de maio de 2011
Marcel Huijser: fotos e publicações
domingo, 27 de março de 2011
Volume Sem Estradas: uma medida do efeito das estradas na paisagem
Fig 3. Map of
Diversos estudos trazem como resultado o aumento do RV e em, consequência o aumento de animais silvestres em regiões com alto RV.[1] A métrica de paisagens RV, não aborda diretamente a relação entre a paisagem e os processos ecológicos com fragmentação de habitat e conectividade de paisagens.
Fig 5. Duas paisagens teoricamente fragmentadas por estradas. A paisagem da esquerda tem maior conectividade ( menor fragmentação) do que a paisagem da direita. No entando o RV calculado para a paisagem menos conectada ( da direita) é menor que o RV para a outra paisagem, o que é contra-intuitivo.[4]
domingo, 13 de março de 2011
Análise do uso de passagens de fauna na Rodovia SP–322
Há uma grande preocupação, de ordem mundial, com o elevado número de atropelamentos e acidentes causados por colisões entre automóveis e animais silvestres. Além dos atropelamentos, as rodovias contribuem para a fragmentação de habitats, o isolamento entre populações impossibilitando o deslocamento, migração e fluxo genético entre as espécies, aumento dos focos de incêndio, dentre outros. Levando em conta o elevado número de atropelamentos nas rodovias do Estado de São Paulo a Vianorte S.A. resolveu implantar um Programa de Monitoramento de Fauna com a finalidade de diminuir esses acidentes. Este programa foi realizado na Rodovia Armando Salles Oliveira (SP-322), no trecho entre os municípios de Sertãozinho e Bebedouro, Estado de São Paulo. A implantação de túneis sob a Rodovia, chamados de “passagens de fauna”; a colocação de telamento nas margens da rodovia com a finalidade de induzir e direcionar os animais a utilizar os túneis; a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) com o plantio de mudas nativas; e ações educativas junto a usuários e população de entorno são algumas das medidas que estão sendo adotadas para minimizar os atropelamentos de animais silvestres e auxiliar na recuperação gradativa da biodiversidade na região. O objetivo deste trabalho é avaliar, com base na bibliografia e nos dados de uso das passagens por mamíferos, a metodologia de seleção dos locais onde as passagens de fauna foram implantadas. O resultado esperado é que as passagens sejam usadas pelos mamíferos e aumentem a conectividade entre as populações isoladas pela estrada.
Agradeço a AMBIENS (http://www.ambiens.com.br/default.aspx) que disponibilizou os relatórios de monitoramento de fauna que possibilitaram a realização deste projeto.
Leonardo Beltrão Barszcz - UFABC
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Reserva faz campanha para evitar atropelamento de animais silvestres
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Elefantes começam a utilizar primeira passarela da África dedicada ao mamífero
Inaugurado há um mês, túnel reconecta dois habitats de elefantes separados por uma rodovia
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Jaguars on the move: modeling movement to mitigate fragmentation from road expansion in the Mayan Forest
Este artigo aborda o impacto das estradas na circulação dos carnívoros e no habitat desses animais. A construção de estradas interfere no bioma, primeiro porque reduz o habitat natural dos animais selvagens e segundo porque aumenta o isolamento populacional. Por outro lado pode causar um declínio na população dos grandes carnívoros principalmente porque promove o acesso nas florestas pelos caçadores ilegais e pela colisão dos animais com os veículos.
Os objetivos desse estudo são encontrar soluções que possam minimizar os efeitos das estradas que atuam como barreiras para a circulação dos animais e facilitar a movimentação destes em seu habitat.
O estudo em si consiste em uma avaliação da eficiência das passagens já existentes e na identificação de locais mais apropriados para a construção de novas passagens.
O local do estudo foi escolhido devido a uma expansão das vias rodoviárias que atravessam a Reserva de Calakmul. Essa região está situada na península de Yucatán no México sendo uma área da floresta subtropical de Mayan considerada como o hotspot Mesoamericano e também é um local de preservação das onças da espécie Panthera onca.
Foi criado um modelo Bayesian de hierarquia do movimento a partir de dados de dois períodos de 12 meses obtidos por telemetria e um GPS. O modelo estima a probabilidade de movimentação da onça de uma paisagem até outra, segundo as seguintes características: vegetação, proximidade com estradas e densidade populacional humana.
Foram utilizadas onze onças para estimar essa probabilidade sendo sete fêmeas e quatro machos (cinco foram identificadas por colares de radiotelemetria e as outras seis por colares com GPS).
Os resultados mostram que as onças evitam se movimentar próximo às estradas, mas esse dado é maior entre as fêmeas evidenciando que os machos atravessam as estradas mais do que elas. As fêmeas se restringem aos seguintes locais: na porção leste das estradas atravessando principalmente a faixa da rodovia Escárcega-X-pujil, nas maiores áreas de proteção florestal e nas regiões que contém recursos para a criação de seus filhotes.
Uma maior densidade populacional humana está associada a um declínio de carnívoros na região. As fêmeas evitam até as áreas de menor população humana, porém os machos tendem a se movimentar na proximidade das altas densidades populacionais.
A suscetibilidade de encontrar um animal varia de acordo com a densidade da estrada e o tráfego. Foi encontrado um local onde há 90% de movimentação entre ambos os sexos, é uma seção de 1 km onde a travessia é preferida pelos animais, e considerado uma área interessante para a construção da passagem.
Esse estudo engloba um contexto internacional para proteger as onças e seus habitats e incentivar o Panthera Corridor Initiative. Essas análises contribuem para a eficiência das passagens e a conservação do bioma da região.
Publicação do artigo: 12 de setembro de 2010